Continuação... PARTE 2
peguei um mecânico e levei ele até o carro, que
estava no meio da estrada, o qual, consertou o meu carro. Após o mecânico
consertar o meu carro, passou um ônibus que ia para Boa Vista, o mecânico pegou
esse ônibus e foi embora para Boa Vista, só que o mecânico não deixou as rodas
da frente do opala bem alinhadas, e com isso, as rodas dianteira do carro iam
abertas, e com isso, os dois pneus dianteiro do carro se acabou e não deu de eu
chegar até em Boa Vista e com isso, tive que abandonar o meu carro novamente na
beira da estrada, para ir novamente até a cidade de Boa Vista, desta vez, para
comprar dois pneus. Após colocar os dois pneu no carro, achei que realmente conseguiria
chegar na cidade de Boa Vista, mas antes de chegar na cidade, na beira da
estrada, tinha um bonito rio, no qual, dava de entrar com o carro na beira do
rio, o meu carro estava muito sujo. Na beira do rio tinha muita areia seca e
com isso, aproximei o meu carro na beira do rio e lavei ele, que estava muito
sujo, após lavar o carro, a areia que estava ao redor do carro, ficou toda molhada
e com isso, o meu carro ficou todo atolado na areia, no qual, me deu muito
trabalho para eu tirar ele dali e com isso, finalmente consegui chegar em Boa
Vista
Após
ter chegado na cidade de Boa Vista, logo me hospedei em um hotel simples, no
centro da cidade, eu não sabia o que eu ia fazer naquela estranha cidade, após
conhecer o dono do hotel, em que eu estava hospedado, o dono do hotel, me propôs de me vender
o referido hotel e com isso, resolvi comprar o hotel, era um hotel simples, e
eu não conhecia o ramo de hotel, após ter comprado, passei a conhecer a realidade
do hotel, tais como: Problema de drogas no hotel, pessoas que se hospedavam no
hotel e não pagavam as diárias, eu até poderia organizar aquele hotel e ganhar
dinheiro ali, como hotel e restaurante, mas para isso, eu corria até o risco de
morrer, eu teria que enfrentar muitas pessoas em uma região que era violenta na
época. Aquele hotel, ele foi perturbando a minha vida, eu não tinha paz dentro
daquele hotel, coloquei um empregado dentro do hotel, eu não tinha mais paz em
minha vida, não sabia se ficava em Boa Vista ou se eu ficava em Manaus, não
tinha mais dinheiro, o dinheiro que eu tinha, estava todo investido naquele
hotel, larguei o referido hotel na mão do empregado e nunca mais voltei para a
cidade de Boa Vista até o dia de hoje, mas com tudo isso, eu nunca me envolvi
com coisas erradas, nunca prejudiquei alguém, o meu nome é limpo em todo o
Brasil, é limpo em todo o lugar que andei, e de uma hora para a outra, eu estava
sem mais nada, eu praticamente fui ao fundo do poço. Hoje eu consigo entender,
que Deus não queria que eu fosse morar em Boa Vista, em Roraima, porque Ele não
tinha nenhum plano em minha vida naquela cidade. Vejam como foi difícil a minha
chegada na cidade com aquele carro, e no final, acabei perdendo tudo naquela
cidade, hoje eu entendo, que Deus não queria que eu fosse morar naquela cidade.
Hoje eu tenho o entendimento, mas naquele tempo, não tinha, eu não sabia,
queria ir na marra e fui e com isso, tive que pagar um preço bem alto, mas dou
graças à Deus, porque, apesar de tudo isso, nem um fio do meu cabelo foi tocado
pelos meus inimigos. Por mais besteiras que nós fazemos, mas Deus sempre guarda
os seus escolhidos
Após perder todo o meu dinheiro, fiquei no
fundo do poço, eu não podia pedir mais ajuda para o meu pai, porque ele não
tinha mais condições e já tinha feito muito para mim e com isso, fiquei sem
rumo, não sabia mais o que fazer e nem a quem procurar, eu tinha o meu irmão
morando em Manaus, mas nós nunca tivemos um bom entendimento e com isso, eu
praticamente virei uma pessoa sem rumo e sem destino, eu não tinha onde morar e
nem o que fazer, arrumar um emprego em uma cidade e ganhar um salário mínimo,
eu sabia que não iria resolver a minha situação financeira, e com isso, ficava andando de cidade em cidade, por todos
os lugares em que andei, nunca roubei
nada de ninguém, porque não foi essa formação que meu pai me deu e alem do
mais, sempre temi à Deus, e o temor à Deus
dentro de mim, nunca deixou eu praticar o mal. Eu tinha vergonha de pedir e com
isso, sofria muito. Eu sabia que tinha uma missão a cumprir, sabia que Deus
tinha um plano em minha vida, mas não sabia o que era e nem em que cidade e com
isso, eu ficava andando de cidade em cidade, como alguém que procura alguma
coisa em uma cidade, mas não sabe o que é e nem sabe em que cidade está. Eu não tinha paz em minha vida, andava
procurando alguma coisa, mas nem eu sabia o que era. Eu tenho um pouco de estudo
na vida, em que estudei em Manaus, tais
como: Piloto de avião monomotor e técnico em contabilidade, mas eu
sabia, tinha certeza que no momento, Deus não queria eu trabalhando dentro de
um escritório de contabilidade e nem trabalhando como piloto com um avião. Eu
sabia que eu era uma pessoa diferente, sofri muito, eu evitava entrar em contato
com a minha família, porque não tinha
noticias boas para dar a eles e nem tinha dinheiro para o telefone, isto é, eu
sofria calado. Eu estava em uma cidade e logo em seguida eu sentia a vontade de
ir para uma outra cidade, já que naquela cidade, não encontrava uma resposta para a minha vida. Nessa
época, eu não tinha um bom entendimento bíblico, nem sabia orar à Deus, mas o
temor à Deus dentro de mim, não deixava praticar o mal para os outros e nem me envolver com coisas erradas. Se tivesse me envolvido com coisas erradas e
tivesse ganhado dinheiro, se fosse rico, eu acredito que os meus familiares e amigos, tivessem mais
orgulho de mim, mas o temor à Deus dentro de mim, está acima dos meus familiares e dos meus amigos.
Após eu perder todo o meu dinheiro, ficar
desempregado e andar por muitas cidades, vagar por varias partes do Brasil,
como alguém que procura uma resposta ou um tesouro escondido. Cheguei a cidade
de Belém do Pará, cheguei na cidade com uma pequena mala na mão e sem dinheiro,
não tinha parentes e amigos na cidade de Belém e nem dinheiro e com isso, foi
morar em um bairro pobre e bem afastado do centro da cidade, era um bairro
pobre e com muitas violências e coisas
erradas, logo consegui um pequeno quarto para mim morar, estava desempregado e
nem carteira de trabalho eu tinha, para sobreviver, fazia pequenos trabalhos,
tais como: Limpar terrenos, cavar poços para retirar água, já que naquele
bairro não tinha água encanada, assim como eu cuidava de uma pequena horta que
tinha feito no fundo do meu quintal. Após conseguir um local para mim morar em
Belém, não tinha nenhum plano em mente, eu só queria um local para mim viver em
paz, um local para que pudesse guardar as minhas poucas coisas que eu tinha e
um local para mim dormir a noite, não tinha grandes ambições na vida, só queria
o básico para a minha vida, porque, já
tinha sofrido muito, andando de cidade em cidade e sem ter um local para
repousar a noite em paz e sem ter um prato de comida na hora certa. No bairro que eu estava morando em Belém do
Pará, era um bairro pobre, um bairro de muita violência e coisas erradas, mas
sempre procurei viver a minha vida sem envolvimento com a malandragem ou coisas
erradas, tinha uma vida caseira, evitava sair de casa me envolver com pessoas que eu não conhecia. Eu
evitava me envolver com coisas erradas, pois o temor à Deus dentro de mim,
nunca me deixou me envolver com essas coisas e com isso, morando em um bairro
pobre e de muitas coisas erradas, muitas pessoas com envolvimentos com coisas
erradas, passaram a me verem como um inimigo, passei a ser uma pessoa suspeita no bairro,
uma pessoa que não tinha envolvimento com a malandragem e nem com coisas
erradas, eu só queria paz em minha vida, só pensava em recomeçar a minha vida
naquele bairro, mas logo, foi visto por muitos moradores do bairro, moradores
com envolvimento com coisas erradas, como um inimigo, como uma pessoa que atrapalhavam
os seus negócios, mas nunca me envolvi
com essas pessoas, nunca prejudiquei tais pessoas, nunca atravessei o caminho
de tais pessoas, eu só queria viver a minha vida em paz. Eu evitava ter amigos,
porque eu não confiava em ninguém. De tanto eu sofrer na vida, eu tinha medo de envolver com pessoas erradas e com
isso, quando pensei que tinha encontrado
um local para mim viver feliz, um local para mim viver em paz, estava sendo visto
por muitas pessoas como um inimigo, mas que, nunca fiz mal a ninguém, nunca
prejudiquei e nem atravessei o caminho de ninguém, mas eu sabia, que, jamais
poderia fazer amizade com essas pessoas, já que eu sabia, que essas pessoas,
tinham envolvimentos com coisas erradas e o temor à Deus dentro de mim, não me
deixava me envolver com tais coisas e com isso, sentia que, o bairro inteiro
estava contra mim, isso porque, eu comecei a receber ameaças dessas pessoas,
principalmente a noite, onde que, durante a noite, as pessoas passavam perto da
minha casa e faziam ameaças, falavam coisas, tais como: Você vai morrer. Você
já era. Você esta morto, essas ameaças
foram aumentando, chegando ao ponto de eu não agüentar mais, o pavor
tomou conta de mim, eu estava sem dinheiro, sem amigos e sem parentes na cidade
de Belém do Pará, e com isso, fui obrigado a largar parte das minhas poucas
coisas que eu tinha com um vizinho e sair com um pequeno saco na costa, com um pouco de roupas e os meus documentos, incluindo a
minha Bíblia que sempre procurava leva-lá comigo, eu que, pensava ter
encontrado um local em que eu ia viver a minha vida, um local para mim começar
a minha vida, logo tive que sair às presas com um pequeno saco de roupas na
costa, sem dinheiro, sem parentes e amigos na cidade e sem saber para onde ir,
assim como aconteceu comigo em Boa Vista, onde perdi tudo e sai com a roupa do
corpo, agora em Belém do Pará, também estava saindo as presas de casa, sem
saber para onde ir, o meu sonho de começar uma vida nova estava indo por água
abaixo.
Todas essas coisas que aconteciam na minha
vida, eu não entendia, mas hoje eu entendo, isso porque, eu tinha uma missão a
cumprir aqui na terra, como se vê nesses dias, as profecias sendo abertas e
reveladas ao mundo através de mim, mas naquela época, não sabia e nem entendia
de tais coisas, não tinha nenhum conhecimento bíblico. Eu nunca confiei nos
lideres religiosos, eu sabia que tinha e tem muitas coisas erradas que tinha
que serem mudadas. Na época, eu sabia que Deus tinha um plano especial em minha
vida, eu sabia que, tinha uma missão a
cumprir aqui na terra, mas não sabia qual era e com isso, eu não tinha paz em
minha vida, ficava andando de uma cidade
para a outra, mas quando chegava em uma cidade, sentia um vazio muito grande
dentro de mim, nem tentava procurar serviço nas cidades em que eu chegava,
porque eu sabia, que aquela cidade não era o meu lugar, eu andava de cidade em
cidade, como procurando uma coisa que nem eu sabia o que era e nem onde estava
Eu
tenho um pouco de estudo, tal como: Técnico em contabilidade e piloto de avião
monomotor e fui morar em um bairro bem
pobre em Belém, em um pequeno quartinho de madeira, nesse lugar que eu fui morar,
ali seria muito difícil de arrumar um bom serviço e conseguir dinheiro para resolver
a minha situação financeira, mas naquele momento, eu não estava pensando em
ganhar dinheiro e resolver o meu problema financeiro, estava procurando a paz Espiritual que eu não
tinha, não tinha sossego em minha vida, no momento, só queria um local para eu
morar em paz, um local que pudesse passar a noite, um local em que pudesse
guardar as minhas poucas coisas que tinha. Mas quando pensei que tinha
encontrado um local para ter paz, os inimigos daquele bairro se levantaram contra mim, o
espírito maligno que estava dentro daquelas pessoas, fez com que elas se levantassem contra mim e quando pensei que tinha encontrado paz naquela bairro
de Belém do Pará, fui obrigado a largar parte das poucas coisas que tinha com
um vizinho e sair as presas de casa, com um pequeno saco nas costas, com um
pouco de roupas e os meus documentos.
Quando fui morar naquele bairro em Belém do
Pará, é como se eu estivesse querendo me esconder de Deus, isto é, como se eu
estivesse querendo fugir da minha missão, assim como o Jonas queria fugir da
presença de Deus, para não ir pregar em Társis, conforme vemos em Jonas 1-3, no
qual, ele se escondeu dentro de um navio, para fugir da presença de Deus, com
medo de ir pregar em Társis, mas o Jonas, ele sabia da sua missão, que era
pregar em Társis, na cidade de Nínive, o que ele acabou fazendo no final,
conforme vemos em Jonas 3-1 à 3-10, mas no meu caso, eu não sabia qual era a
minha missão, sabia que eu era um pessoa diferente, sabia que Deus tinha uma missão em minha vida, mas não sabia qual
era e de tanto sofrer por todo esse
Brasil, andando de cidade em cidade, passando fome, chegando a noite e
não tinha um local quente e seguro para passar a noite, quando chegava pela
manhã não tinha um café para mim tomar, na hora do almoço e da junta, não tinha
um prato de comida e nem dinheiro para comprar e eu não roubava nem para comer,
porque o temor à Deus dentro de mim, não
permitia que venha a fazer tais coisas e pedir eu tinha vergonha. Andando por
muitos lugares, passei muita fome e frio, o meu sonho, era ter um
local para mim morar, um local para dormir a noite e guardar as minhas poucas
coisas que tinha, e quando consegui um pequeno quarto de madeira naquele bairro
de Belém do Pará, eu não passava mais frio e nem fome, já que, fazia pequenos
serviços para os vizinhos, ganhava muito pouco, mas dava para mim comer e no
momento que tive que largar tudo e sair sem destino, sabia que o sofrimento
estaria voltando tudo novamente, já que eu não tinha parentes e nem amigos
naquela cidade e sem dinheiro. Coisas estranhas aconteciam em minha vida, mas
não sabia o que era, hoje eu entendo, foi o que o Pedro falou em: 1São Pedro
4-12, em que ele fala: Amados, não estranheis as ardentes provas que vem sobre
vós, para vos TESTAR, como se COISAS ESTRANHAS vos acontecessem. Após Deus me
dar o conhecimento e sabedoria, passei a entender todas essas coisas, mas
naquela época, não tinha nenhum
conhecimento da Bíblia, eu não sabia e nem entendia todas essas coisas
estranhas que aconteciam comigo, mas, após passar por todas essas coisas, eu
sabia que Deus tinha um plano em minha vida, mas não sabia qual era, foi ai,
que eu comecei a estudar a Bíblia, para mim descobrir a vontade de Deus.
Uma coisa eu aprendi na vida: Se Deus tirar
a tua paz Espiritual, se uma folha seca cair atrás de você, você sai fugindo
como um coelho assustado, mas também, se Deus te der a paz Espiritual, pode vir
todo o mundo contra você, nada pode te assustar. Dou o exemplo de Davi, quando
Deus tirou a sua paz Espiritual, ele andava fugindo do rei Saul, pelas
montanhas. Davi sofria muito, ele não tinha paz, ele andava angustiado,
conforme vemos de 1Samuel 19-1 até 1Sam.24-22. Quando Davi pecou contra Deus,
Deus ofereceu três castigo para Davi, entre esses três castigo, estava que,
Davi seria caçado e perseguido pelos seus inimigos por três meses, conforme
vemos em 2Samuel 24-13, mas Davi não aceitou esse castigo, porque ele já tinha
sofrido muita perseguição dos seus inimigos e só quem e perseguido, sabe muito
bem como é triste, você não tem paz na carne, por causa do frio, fome e dor e
nem tem paz Espiritual e pelo motivo de Davi ter sofrido muitas perseguições,
ele não aceitou o castigo de ser perseguido novamente pelos seus inimigos,
durante seis meses, mas também, quando Deus deu paz de Espírito para ele, ele
reinou em paz e livre de todos os seus inimigos, fazendo justiça aos pobres, em
todo o seu reinado, como Rei, é por isso, que Davi foi muito amado de Deus,
porque ele fazia justiça aos mais pobres e necessitados, conforme vemos em 2Samuel 8-15
Continuar morando naquele bairro em Belém, eu
sabia que não tinha mais condições, as provocações e ameaças, foram aumentando,
tal como: Um rapaz pegou um revolver e mostrou para mim. No ultimo dia, um
rapaz chegou perto de um outro e falou assim: Vocês ainda não mataram o cara,
mesmo de longe consegui ouvir a conversa deles e com isso, não agüentei
mais, neste mesmo momento resolvi sair de casa, deixei umas poucas coisas que
eu tinha com um vizinho, coloquei um pouco de roupas dentro de um pequeno saco,
incluindo a minha Bíblia e meus documentos e tive que sair de casa, com muita
dor no coração, pois já tinha sofrido muito pelo mundo a fora e sem destino,
sem ter um local para passar a noite e estava saindo mais uma vez, com um
pequeno saco de roupas nas costas, sem nenhum centavo no bolso, sem saber para
onde eu estava indo, não tinha nem tomado o café da manhã ainda. Alguém poderá
falar que eu estava passando por uma crise de perseguição, mas isso é coisa de
drogados, coisa que eu não era e nunca fui em toda a minha vida, graças à Deus.
Após eu sair de casa com o meu pequeno saco
de roupa nas costa, logo veio um rapaz por detrás de mim e me perguntou o que
eu estava levando naquele saco, que eram as poucas roupas, os documentos e a
Bíblia, mas ele estava sobre o efeito de drogas, não respondi nada e fingi que
não entendi o que ele falou e continuei andando, o meu pensamento e destino era
ir para o centro de Belém, se alguém me perguntasse o que eu iria fazer lá, eu
não sabia, eu só sabia, que tinha que sair de casa, mas não sabia para onde ir. Sem dinheiro, sem
parentes e sem amigos na cidade, materialmente não tinha nada a perder, mas o
que me doeu muito, foi perder o meu pequeno quartinho onde eu tinha um lugar
para guardar as minhas poucas coisas que tinha e era um local também em que
poderia passar a noite, já que eu, tinha sofrido muito por todos os lugares em que
tinha andado, e após sair de casa, eu estava vendo tudo começar novamente, o
sofrimento era grande, mas sofria calado. Quando estava morando naquele bairro lá em Belém do
Pará, bastaria eu fazer amizade com aquelas pessoas e me envolver com elas, teria
uma vida bem mais fácil, mas nasci e me criei em uma família honesta, graças à
Deus, tenho o exemplo de casa para
seguir e jamais, de uma hora para a outra, eu iria me envolver com pessoa e coisas
erradas. No inicio, eu confiava muito na minha honestidade, mas a minha
honestidade, vinha pelo meu temor à Deus e com isso, Deus sempre esteve me
guardando e protegendo, graças ao bom Deus. Eu acredito, que, existem pessoas
honestas, mas que não temem à Deus ou que não acreditam Nele, ao contrario de
mim, que eu era e sou honesto e sempre temi à Deus, já que, esta escrito, que o
temor à Deus é o principio da sabedoria (Salmos 111-10)
Após chegar
no centro de Belém, logo pela manhã, acredito que a noticia sobre mim se
espalhou rapidamente entre eles e com
isso, essas pessoas, no qual não devia
nada para elas, nunca tinha feito nada de mal a elas, nunca tinha prejudicado em nada essas pessoas,
elas começaram a me perseguirem no centro de Belém, como um coelho assustado. Conforme
já disse, eu nunca tive síndrome de perseguições, porque isso é coisa de
drogados e eu nunca fui um drogado e nem estava drogado. Muitas pessoas
envolvidas com coisas erradas, naquele dia, no centro de Belém, se uniram em
perseguições contra mim, isto é, me colocaram um cerco no centro da cidade, que
humanamente sozinho, sem dinheiro, não tinha como escapar, já que, o centro da
cidade de Belém é todo cercado por um grande rio, existindo somente uma saída
por terra, que é a rodovia Belém-Brasília. Quando falo que eles colocaram um cerco sobre mim, no
centro de Belém, você pode não acreditar ou pensar que eu estava perturbado,
mas vou te provar, que eu não estava perturbado não, e nem com síndrome de
perseguição, tais como: Quando eu estava andando no centro de Belém, de um lado
para um outro, um rapaz passou perto de mim e falou assim: Agora é tarde demais.
Um outro passou perto de mim e falou assim: Você vai morrer. Um outro passou
perto de mim e falou assim: Você esta ferrado. Um outro rapaz, estava tentando
tirar a minha foto no centro de Belém, quando vi ele, ele ficou todo
envergonhado e sem jeito, não sei se ele tirou a minha foto. Eu acredito que
eles colocaram um cerco sobre mim, para me pegar à noite, já que à noite, tem
poucas pessoas na rua, já que durante o dia, eu procurava ficar no meio das
pessoas, era onde eu me sentia mais seguro, mas sabia também, que a noite logo
iria chegar, acredito que eles iriam me pegar a noite, para me matar ou para
fazer um grande medo ou ameaças para mim, tal como: Olhar o que eu estava
levando dentro daquele pequeno saco que levava sobre a costa. Eu estava sofrendo muito
e nem sabia o porque, é como você pegar uma criança de dois anos e começar a
bater nela, ela sabe que esta apanhando, mas não sabe o porque, assim era
comigo também, já que, nunca tinha me
envolvido com a malandragem por todo o lugar que eu tinha andado e nunca tinha
prejudicado alguém, até evitava fazer amizade com pessoas que eu não conhecia,
só para evitar confusão e para evitar a me envolver com coisas errada
No centro de Belém, com o cerco e perseguição
que eu estava sofrendo, o meu medo foi tão grande, que tirei a minha Bíblia que estava dentro do pequeno
saco de roupa, que estava levando nas costas e comecei a andar com ela na mão,
no centro de Belém e um rapaz passou perto de mim e falou assim: Vamos ver se a
Bíblia vai te salvar, aqui esta mais uma grande prova, que eu estava sendo
perseguido no centro de Belém, que eles colocaram um cerco sobre mim, de uma
forma que, dificilmente você consegue escapar, já que eles se comunicam com
rádios e telefones e tem carros e motos, e eu estava a pé e sem dinheiro no bolso.
No momento em que eu tirei a Bíblia do saco, que eu levava na costa e comecei a
andar com ela na mão, em que passou um rapaz perto de mim, e falou: Vamos ver
se a Bíblia vai te salvar, hoje eu entendo, que aquelas pessoas, já não estavam mais desafiando eu, mas sim, elas
passaram a desafiar à Deus, mas no dia e na hora eu não entendia essas coisas,
não tinha cabeça para pensar em tais coisas, eu só confiava em Deus. Eu era uma
presa fácil, estava como um coelho
assustado, não tinha um lugar seguro
para ficar, não tinha nenhum centavo no bolso, nesse momento também, não
confiava mais em ninguém, não podia contar com a ajuda de ninguém, já que, não tinha amigos, parentes e familiares
naquela cidade e se eu fosse contar o meu caso para muitas pessoas, eu sabia
que eles não iria acreditarem, iriam me chamarem de louco ou perturbado e nada
poderiam fazerem para me ajudar. Humanamente eu estava sozinho, sem ter uma
pessoa que pudesse me compreender ou me ajudar, eu estava com fome, já que,
durante todo o dia, não tinha comido nada, não tinha nem tomado o café da
manha, eu só tinha bebido um copo de água, durante todo o dia. Eu sabia que a
noite estava chegando e eu não tinha um lugar seguro para passar a noite, sabia
que tinha que fazer alguma coisa, procurar a policia, sabia que de nada iria
adiantar, naquele momento também, já não confiava mais em ninguém, sabia que a
policia não iria me proteger vinte e quatro horas por dia, naquele momento
também, não podia confiar em ninguém. Eu estava desde cedo, sem tomar
café, sem almoço e sem dinheiro no bolso. Quando chegou a tarde, estava cansado
e com os pés inchados de tanto andar de um lado para um outro, sempre procurava
ficar no centro de Belém, porque era no centro que tinha mais pessoas e era
também onde me sentia mais seguro. Quando chegou as quatro horas da tarde,
pensei em sair do centro de Belém e sai para um bairro mais afastado do centro,
sai andando a pé mesmo. Cheguei em um bairro próximo do centro, mas ali, onde
tinha poucas pessoas, me senti uma presa mais fácil, neste bairro tinha uma
pequena praça, tipo, um pequeno bosque com arvores, eu estava cansado e com o pequeno
saco de roupas nas costas, estava com os pés inchado, não sabia o que fazer mais, estava fraco e de repente, cai de joelhos ao
chão e falei assim: Meu Deus, tenha misericórdia de mim e me salva, falei
somente isso e nada mais, nem sei como cai de joelhos ao chão, acredito, que um
Anjo do Senhor tenha me jogado ao chão de joelhos. Após pedir misericórdia e
salvação para Deus de joelhos ao chão, me levantei rapidamente do chão, me
senti mais forte, o meu medo foi todo embora e com isso, resolvi voltar para o
centro da cidade de Belém, chegando no centro, me aproximei do porto, me sentei
em um banco de uma pequena praça, bem em frente ao porto de Belém, onde os
navios cargueiros ficam encostados para cargas e descargas de mercadorias. Eu
estava com a minha Bíblia na mão, sentado no banco da praça, com os pés inchado
e doendo de tanto andar o dia inteiro no centro de Belém, estava cansado e com
fome, estava fraco. A Bíblia estava em minha mão, eu fechei os olhos e com os
olhos fechados, abri a Bíblia e continuei com os olhos fechados, coloquei o meu
dedo sobre a Bíblia aberta e logo em seguida, quando abri os meus olhos, o meu
dedo estava sobre o seguinte Capitulo e versículo da Bíblia: Atos 27-31, onde
fala: SE NÃO FICAREM NO NAVIO, NÃO PODERÃO SE SALVAREM, onde fala sobre a
viagem de Paulo à Roma, eu estava cansado e com fome, após ler na Bíblia, em
Atos 27-31, onda fala: Se não ficarem no navio, não poderão se salvarem, aqui
eu tomo à Deus como a minha testemunha fiel e prova, que eu não estou mentindo.
Após eu ler o versículo de Atos 27-31, na Bíblia, não entendi nada, pensei
comigo mesmo, tal como: O que eu tenho a ver com navios, mas porem, tinham
muitos navios no porto de Belém, no qual, eu estava sentado em um banco, em uma
praça, com as costas virada para os navios, mas no momento nem liguei para tal
coisa. Fiquei aproximadamente meia hora sentado naquele banco da praça, já era
aproximadamente cinco horas e meio, já não tinha mais medo dentro do meu
coração, estava muito calmo naquela
hora, já que, desde o momento em que me ajoelhei diante de Deus e pedi a sua
misericórdia e salvação, a partir daquele momento em diante não tinha mais
medo. Eu comecei a pensar comigo mesmo assim: Eu não fiz nada de errado, não
prejudique à ninguém, não devo nada para ninguém, mas eu sabia também que os
meus inimigos não pensavam assim, sabia que a noite logo iria chegar e tinha
que fazer alguma coisa e com isso, já era aproximadamente seis horas da tarde.
Me levantei do banco em que estava sentado e cruzei a rua e me sentei em um
banco de ponto de ônibus, bem em frente o porto de Belém, o banco de ônibus
ficava entre a grande feira de Belém, que tem por nome de: Ver o peso e o porto
de Belém. Eu sentado naquele banco de ônibus, com as costas virada para o porto
e para os navios, comecei a pensar comigo mesmo, assim: O porto de Belém é todo
cercado com tela de alambrado e em cima da tela de alambrado tem arame de cerca
farpado, mas, se eu conseguir pular essa cerca, lá dentro do porto eu poderia
me esconder dos meus inimigos e a entrada dos meus inimigos seria bem mais
difícil, sabia que, mais cedo ou mais
tarde eles poderiam entrarem também dentro do porto, mas eu teria tempo de me
esconder dentro do porto e passar a noite bem mais seguro e no dia seguinte, procurar
sair da cidade de Belém. O porto de Belém tinha a portaria
principal, mas jamais os guardas do porto iriam deixarem eu entrar, sem uma
identificação e sem nenhum motivo e também. Já era final de expediente, os empregados
já tinham idos embora, o jeito, era eu entrar na marra ou escondido, eu fiz
esse plano, não tinha uma outra saída, estava com o pequeno saco de roupas nas
costas, mas parte dos meus documentos, incluindo a carteira de piloto estavam
dentro do meu bolso. Tinham algumas pessoas próximas de mim, mas de um momento
para outro, eu falei comigo mesmo: É agora, mesmo com o pequeno saco de roupas
nas costas, comecei a subir o alambrado que cercava todo o porto para pular dentro
do pátio do porto, quando comecei a subir o alambrado da cerca do porto, um
rapaz que estava aproximadamente sete metros de mim, falou para um outro assim:
ele está pulando a cerca, aqui esta mais uma grande prova, que eu estava sendo
seguido de perto, já que eu ouvi o rapaz falando isso claramente. Continuei
subindo o alambrado da cerca do porto, em cima do alambrado, tinha arame
farpado de cerca, o meu corpo passou pelo arame farpado rapidamente, mas o
pequeno saco com roupas, a Bíblia e alguns documentos, ficou enroscado no arame
farpado, logo em seguida, foi como se alguém tivesse falado aos meus ouvidos,
assim: qual vale mais, a sua vida ou o saco com roupas e alguns documentos? Isso
veio de uma forma claramente na minha mente, foi um Anjo do Senhor que falou
para mim e com isso, larguei o saco enroscado no arame farpado e pulei dentro
do pátio do porto, com alguns documentos no meu bolso, o desespero de mim fugir
dos meus inimigos era tom grande, que, no momento eu nem dei importância para
alguns documentos meus, eu larguei eles para trás, hoje eu posso pensar, que,
no momento eu poderia enfiar a mão dentro do pequeno saco de roupa e pegar uma
pequena bolsa, onde estava parte dos meus documentos e largar o saco com roupas
enroscado no arame farpado, mas ali, no momento
em que eu estava em cima da cerca, para pular dentro do pátio do porto,
eu não pensei nisso, eu nem tinha cabeça para pensar em tal coisa, eu dei
ouvido prontamente na voz que falou ao meu ouvido, assim: qual vale mais, a sua
vida ou os seus documentos? Aqui está a
prova, que nesse momento, eu estava sendo guiado pelo Anjo do Senhor, já que
foi ele que falou em meus ouvidos, que a minha vida valia mais do que os meus
documentos. No mesmo instante, pensei realmente, que a minha vida valia mais do
que os meus documentos que estavam dentro do saco com roupas. Após eu pular
dentro do pátio do porto de Belém, comecei a correr dentro do pátio, logo em seguida,
veio um guarda do porto que estava próximo e falou assim: Porque que você esta
pulando a cerca? eu falei para ele, que queria falar com uma pessoa lá dentro,
então ele falou para mim, assim: Mas para isso, tem a portaria, mas logo em
seguida, ele falou para mim assim: Pode ir, isso foi tudo muito rápido, o
guarda não me impediu a minha entrada no porto, agora eu entendo, é porque eu
estava sendo guiado por Deus, estava sendo guiado pelo Anjo do Senhor e nada
poderia impedir, porque Deus estava agindo em minha vida, como esta escrito:
agindo Deus, quem empidirá? no momento
que eu estava dentro do porto, a minha intenção era de correr até o final do
porto, só que o pátio do porto era dividido em duas partes e para mim continuar
correndo dentro do pátio do porto, até o final, eu tinha que passar perto de
uma guarita, onde estavam três guardas do porto, era onde ficava a entrada
principal do porto, passei correndo perto dos três guardas do porto, passei há
dois metros de distancia deles, se eles quisessem, eles poderiam me pegarem,
mas eles ficaram olhando, não falaram nada e nem me impediram também, passei bem
próximo desses três guardas e entrei para o outro lado do porto, onde era bem
maior. Na hora de mim passar perto dos três guarda do porto, eu fiquei com medo
deles me pegarem, ou fazer eu parar para dar explicações, pelo motivo que eu
estava dentro do pátio do porto, já que, já era mais de seis horas, os
empregados do porto já tinham parado de trabalharem, o porto estava sem nenhuma
movimentação mais, mas eu não tinha outra escolha, eu fui correndo na coragem,
hoje eu entendo, que nesse momento, eu estava sendo guiado pelo Anjo do Senhor,
mas naquele momento, naquele dia, eu não sabia, não tinha nenhum entendimento
da Bíblia, coisas estranhas aconteciam na minha vida e eu nem sabia o que
estava acontecendo, tal como o Pedro falou em 1Pedro 4-12, em que ele fala
assim: Amados, não estranheis as ardentes provas que vem sobre vós, para vos
tentar, como se coisas estranhas vos acontecessem. Hoje eu leio o que o Pedro
falou em 1Pedro 4-12, e consigo entender claramente. Todas as coisas que
aconteceram comigo, mas naquela época, eu não tinha nenhum conhecimento da
Bíblia, não sabia que tais coisas estão escritas na Bíblia, eu era como uma
criancinha de dois anos que esta apanhando, mas não sabe o porque, não sabe o
motivo da surra, era o que acontecia comigo, não tinha o entendimento que eu
tenho hoje, eu sofria calado e não tinha para quem reclamar.
Após eu
entrar dentro do pátio do porto de Belém do Pará, os meus inimigos tinham
ficados todos lá fora do pátio do porto, eu estava correndo dentro do pátio, ao
lado de muitos navios cargueiros, grandes navios que levam e trazem mercadorias
de outros países, eram aproximadamente seis horas da tarde, os trabalhadores do
porto de Belém já tinham parado de trabalharem, tinham poucas pessoas no pátio
do porto, tinham aproximadamente uns vintes navios cargueiros encostados no
cais do porto. Eu continuei correndo dentro do pátio, eu pensava comigo mesmo: Lá
no final do pátio do porto, talvez eu consiga me esconder dos meus inimigos que
tinham ficado pelo lado de fora do pátio, continuei correndo, logo bem mais na
frente, vi um grande navio, que estava encostado no cais do porto, o navio já
estava carregado, mas no dia e na hora eu não sabia disso, o porão do navio aonde
vão as cargas, ainda estava aberto e por perto não tinha ninguém. O capitão do
navio, incluindo os marinheiros, ao todos eram oito pessoas, estavam lá atrás
do navio, em uma pequena roda, como se eles estivessem fazendo uma oração ou
uma pequena reunião antes da partida do navio, já que o navio já estava
carregado e eu sem pensar duas vezes, eu pulei dentro do navio, foi como se o
navio tivesse um imã e me puxasse para dentro dele, eu fui atraído por aquele
navio, já que nunca tinha chegado perto de um navio em toda a minha vida. O
capitão do navio e os marinheiros não viram eu entrar dentro do porão do navio,
porque eles estavam lá atrás do navio em uma pequena roda, como se eles
estivessem fazendo uma pequena reunião ou uma oração antes da partida do navio,
se algum deles tivesse me visto eu entrar dentro do porão, ficaria fácil deles
me encontrarem lá em baixo no porão, já que o porão do navio ainda estava aberto
e se eles tivessem me visto eu entrar, acredito que eles jamais iria deixar um
clandestino dentro do seu navio, sem saberem quem é e o que iria fazer. O navio
cargueiro era muito grande, hoje eu sei, que eu estava sendo guiado por Deus,
mas naquele dia, eu não tinha esse entendimento, hoje eu sei, que, aquele grande
navio, estava ali já carregado, com o capitão do navio e os marinheiros lá
atrás do navio, para não me verem eu entrar no navio e nem para me impedirem a
minha entrada, hoje eu sei, que Deus preparou aquela navio para a minha fuga e
salvação dos meus inimigos. Eu estava correndo dentro do pátio do porto e de
repente, encontro um grande navio cargueiro, já carregado, com a porta, que é o
porão do navio, aberto para mim. Quando eu
estava sentado naquele banco, em uma pequena praça, no centro de Belém,
em que peguei a Bíblia, com os olhos fechados e abri ela, continuando com os
olhos fechados, abri a Bíblia e coloquei o dedo sobre ela, e logo em seguida,
abri os olhos e li em Atos 27-31, onde fala: SE NÃO FICAREM NO NAVIO, NÃO
PODERÃO SE SALVAREM, e eu, naquele momento estava entrando dentro do porão de
um grande navio cargueiro, que já estava carregado para ir para outros países.
Naquele dia e naquele momento não pensei em tais coisas, mas depois, foi que notei, que Deus falou para comigo e cumpriu a
sua palavra, naquele momento, Deus estava agindo em minha vida, mais eu não
tinha o entendimento, eu deixava as coisas acontecerem normalmente, uma coisa
ia puxando as demais. Coisas estranhas aconteciam em minha vida, coisas que eu
não entendia, mas hoje entendo, que são as coisas estranhas, que o Pedro falou
em: 1São Pedro 4-12, que vem coisas estranhas sobre a nova vida, para nos
testar e provar. Hoje, se Deus me deu sabedoria e entendimento, foi porque eu
fui testado e aprovado por Ele.
Quando
eu pulei dentro do porão do navio, já era mais de seis horas, os trabalhadores
já tinham parado de trabalharem, não tinha nenhuma pessoa para me ver eu
entrando no navio, que já estava carregado. Após eu pular dentro do navio, fui
pulando de contêiner em contêiner e cheguei lá em baixo do porão do navio, cujo
porão do navio tinha aproximadamente trinta metros de profundidade. O porão do
navio com a carga, vão em baixo da água do mar, abaixo do nível da água do mar.
Os contêiner, são grandes caixas de aço onde vão as mercadorias que são levadas
para outros países, assim como são trazidas também. Quando eu estava pulando de
contêiner em contêiner, para mim chegar lá em baixo do porão do navio, eu me
senti, como se estivesse voando, pois eu pulava suavemente de um contêiner para
o outro, hoje eu entendo, que naquele momento, eu estava sendo guiado por Deus,
mas naquele momento, não tinha esse
conhecimento, não tinha o entendimento, que Deus estava agindo em minha vida.
Quando eu
estava sendo caçado e perseguido pelos meus inimigos no centro de Belém do
Pará, cuja cidade é cercada por um grande rio e só tem uma rodovia de chegada e
saída da cidade de Belém, que é a rodovia Belém-Brasília, eu jamais imaginava
entrar dentro de um porão de navio, para me esconder e fugir dos meus inimigos,
eu nunca tinha entrado ou chegado perto de um navio em toda a minha vida,
acredito também, que, se eu estivesse feito esse plano, jamais iria dar certo,
mas o plano não era meu, mas sim, o plano de Deus, eu estava sendo guiado por Deus.
As coisas iam acontecendo na minha vida, eu não sabia o porque e nem como, hoje
eu entendo, que o espírito maligno que estava dentro daquelas pessoas, faziam
com que elas me caçassem e me perseguissem, porque, aquele espírito maligno que
estava dentro daquelas
pessoas, sabia que eu era uma pessoa do bem,
aquele espírito maligno que estava dentro daquelas pessoas, já sabia que eu
tinha uma missão a cumprir em minha vida aqui na terra, como se vê nesses dias
aqui na cidade de Maringá. O inimigo não quer que a verdade seja manifestada ao
povo, para que, ele continue a enganar o povo. Hoje, quando você encontra um
pastor que não tem amor pela verdade ou que, quer esconder a verdade do povo,
tem o mesmo espírito maligno que estava naquelas pessoas, que me caçaram e me perseguiram
em Belém do Pará, não só em Belém, mas por vários lugares que eu tenho andado, mas naquele tempo, eu não entendia essas
coisas Espirituais.
Durante
todo o tempo em que eu andei por todo esse Brasil, de cidade em cidade,
chegando o ponto de ir morar em Belém do Pará, por todo o sofrimento que tive,
pela fome e pelo frio que passei, por não
ter um lugar seguro para passar a noite, incluindo as perseguições no centro de
Belém, eu sempre sofri calado, nunca me revoltei contra Deus, ao contrario, a
minha fé e confiança nEle aumentava mais, eu sabia que era uma pessoa especial
diante dEle, isto é, que Ele tinha um
plano, uma missão em minha vida, mas eu não sabia o que era e nem em que cidade,
é por isso que eu ficava andando de cidade em cidade. Já fui morar em Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul. Já fui morar em Porto Velho em Rondônia. Já fui morar
em Boa Vista, em Roraima. Já fui morar em Manaus. Já fui morar em Mato Grosso.
Já fui morar em Palmas, no Tocantins. Já passei pela cidade de São Paulo e pela
cidade do Rio de Janeiro. Já fui para Goiânia, em Goiás, incluindo muitas
outras cidades de outros estados, no qual, chagava nas cidades sem motivo e
saia sem motivo também. Se alguém me perguntasse o que eu iria fazer em tal
cidade, eu não sabia, sempre desempregado e com muito pouco dinheiro no bolso,
pelos pequenos serviços que eu procurava fazer, mas por todos os lugares que
andei, o meu nome ficou e é limpo, já que, por todos os lugares que andava,
nunca fazia coisas erradas, o temor à Deus dentro de mim não permitia de fazer
tais coisas. Eu andava de cidade em cidade, como se estivesse procurando alguma
coisa que nem mesmo eu sabia o que era, isso porque, sabia que eu tinha uma
missão a cumprir, sabia que Deus tinha um plano em minha vida, mas não sabia o
que era e nem em que cidade, em que estado, isso me perturbava muito, eu não
tinha paz Espiritual, mas nunca falei tais coisas para as pessoas, eu sabia
que, jamais as pessoas iriam entenderem. Quando eu chegava em uma cidade
estranha, sem parentes, sem amigos e sem dinheiro, nem ia procurar emprego
naquela cidade, pois sabia que, provavelmente não iria ficar morando naquela
cidade, que o plano de Deus para mim não estava naquela cidade, mas também não
sabia qual era a cidade em que iria morar, em que iria alugar uma casa e
arrumar um emprego e por fim, tentei
morar e estabilizar a minha vida em Belém do Pará, mas no final, tive que sair
correndo do bairro em que estava morando, sai fugindo dos meus inimigos, mas
Deus é testemunha fiel, que nuca fiz mal para essas pessoas e nem mal para
ninguém também. Quando andava
de cidade em cidade, de estado em estado, é como se estivesse procurando um
tesouro escondido em algum lugar, em alguma cidade, hoje posso dizer, que tenho
encontrado esse grande tesouro, que são as interpretações das profecias, das
palavras Sagradas de Deus, as quais, venho falando aos pastores há dez anos,
aqui dentro da cidade de Maringá, quer ouça sim, quer deixa de ouvir,
simplesmente falo, assim como Ezequiel fazia (Ezequiel 2-7 e 3-11).
Após eu entrar dentro do porão do navio e me esconder lá em baixo, acredito
que já era aproximadamente seis horas da tarde, logo em seguida, eu li em um
contêiner em que estava escrito: Mede in Japan, isso me deu um grande susto,
pensei comigo: Este navio esta indo para o Japão, mas logo em seguida, vi
outros contêineres com o nome de outros países também e com isso, eu não sabia para
que país estrangeiro eu estava indo, mas eu pensei comigo mesmo: Seja para que
país for, eu vou, desde que fique longe dos meus inimigos. Após descer lá em
baixo do porão do navio, me escondi lá em baixo. No inicio, pensei comigo mesmo,
que, se alguém tivesse me visto eu entrar dentro do navio, eles poderiam irem
me procurarem lá em baixo do porão do navio, fiquei escondido e quieto lá em
baixo, o motor do navio já estava funcionando, fiquei com medo deles irem me
procurarem lá embaixo, pois eu sabia que ali tinha uma grande oportunidade de
fugir diante dos meus inimigos. Eu tinha passado por muitas ameaças, muitas
provocações e pavor, só queria fugir de diante da face dos meus inimigos, não
pensei nas consequências que iria passar mais tarde, estava sendo um marinheiro
de primeira viagem, não sabia os perigos que estava para enfrentar. Eu não
sabia o que eu iria enfrentar pela frente, pois tudo isso era novidade para
mim, só queria fugir para bem longe dos meus inimigos, esse era o meu plano.
Durante todo o dia, não tinha comido nada, durante todo o dia, eu só tomei um
pequeno copo de água lá no centro de Belém e com isso, já entrei dentro do
porão do navio com fome e sede, isso dificultou em muito durante a minha
viagem, já que, quando você programa uma viagem dessa, você se prepara e leva
comida e água, ou você come e bebe bastante antes de uma viagem desta, mas no
meu caso, nada foi programado, já que, se eu entrasse bem alimentado e se eu
tivesse tomado bastante água antes da entrada, iria conseguir resistir por
mais longo tempo. Após ficar por aproximadamente por vinte minuto escondido lá
em baixo, no porão do navio, eles começaram a fecharem a parte de cima do
navio, começaram a fecharem o porão do navio e com isso, eu lá em baixo no
porão do navio, não conseguia ver mais o céu, praticamente estava dentro da
água, já que o porão do navio e a carga vão abaixo do nível da água do mar
Após ser fechado o porão do navio, a parte de
cima do porão, as luzes lá embaixo estavam acesas e continuei escondido em meu esconderijo e logo
em seguida, o navio começou a navegar, já que os motores do navio, já estavam
ligados quando entrei no navio. Após o navio começar a navegar, continuei escondido
lá em baixo, pensei que tinha gente lá
em baixo do porão e com isso, tinha medo de sair do meu esconderijo, mas após
passar uns quinze minutos, não ouvir nenhum barulho e conversa lá em baixo no
porão, senti que estava humanamente sozinho lá em baixo e com isso, sai do meu
esconderijo e comecei a andar por todo o interior do porão do navio, para conhecer onde estava e para
procurar água e comida também, já que entrei no porão daquele navio com sede e
fome, já que não tinha comido nada durante todo o dia, não tinha nem tomado o
café da manhã, durante todo o dia no centro de Belém. Quando
entrei no porão desse navio, já entrei com dois pontos negativos: Com sede e
fome, já que, durante todo o dia em que estava sendo perseguido no centro de
Belém, não comi nada, porque não tinha
dinheiro e durante todo o dia, só tomei um copo de água, somente isso e mais nada e lá em baixo do porão do navio
não tem água doce e nem comida, já que o capitão do navio e os marinheiros vão
todos na parte superior do navio, acima do porão, o porão só é aberto quando chega
em algum porto de algum país para carga e descarga de mercadorias, o que pode
durar vinte dias ou mais, no caso de cruzar o Oceano Atlântico e no momento que
eu entrei dentro do porão do navio, já entrei com fome e sede. Se você sabe que
vai fazer uma viagem dessa, você se prepara, bebe bastante água e se alimenta
bem, levando também comida e água de reserva, mas não planejei essa viagem, nada
foi planejado. Quando estava lá no centro da cidade de Belém, sofrendo o cerco
dos meus inimigos, nunca me passou pela minha cabeça de fugir dentro de um
navio, já que, em toda a minha vida nunca tinha entrado dentro de um pátio de
porto e nem entrado dentro de um navio
Quando
entrei dentro do porão do navio, o motor do navio já estava funcionando, logo
em seguida, fecharam o porão do navio,
mas as luzes lá em baixo estavam acesas e logo o navio começou a se movimentar,
eu sentia que o navio estava navegando e se afastando do porto. Vejam bem,
quando eu estava sentado lá naquela pequena praça, no centro de Belém, quando
peguei a Bíblia, fechei os olhos e abri a Bíblia e continuando com os olhos
fechados, coloquei o dedo em cima da Bíblia e logo em seguida abri os olhos e
li em Atos 27-31, em que diz: Se não ficarem no navio, não poderão se salvarem
e eu ali, no momento, estava dentro de um grande navio cargueiro, indo para um
outro país estrangeiro e desconhecido, veja aqui, como Deus falou comigo e agiu em minha vida, me dando o livramento
dos meus inimigos, naquele grande navio cargueiro. Hoje eu entendo todas assas coisas, mas no dia, no
momento, não entendia tais coisas.
Quando entrei dentro do navio e me escondi lá em baixo do porão, nem pensei e
nem entendi que Deus estava cumprindo o que Ele tinha falado lá fora, quando estava
sentado no banco e pedi orientação na Bíblia à Ele. Quando estava andando
assustado no centro de Belém, com a Bíblia na mão, um rapaz falou assim para
mim: vamos ver se a Bíblia vai te salvar? Quando aquele rapaz falou tal coisa
para mim, ele passou a desafiar à Deus e não a mim, e Deus me livrou de uma
forma maravilhosamente das mãos dos meus inimigos. Esse negocio de pedir
orientação à Deus na Bíblia, assim como eu fiz, muitos crentes fazem isso, mas
vejo isso como ficar tentando à Deus, eu fiz no momento que realmente precisava
e hoje dificilmente eu faço isso, isso porque, se você quer ir para uma outra
cidade ou fazer uma viagem, não precisa ficar tentando à Deus, se você
realmente teme à Deus e tem a proteção dEle, você pode ir para qualquer lugar
que Ele vai te proteger e te guardar das mãos dos teus inimigos, a não ser em
caso de provações, como no meu caso e no caso de Jô, em que Deus deixa
acontecerem muitas coisas em nossas vidas, só para nos testarmos e nos
provarmos. As coisas estranhas que acontecem em nossas vidas, conforme o Pedro
falou em: 1São Pedro 4-12.
No
momento que o navio começou a navegar, as luzes do porão estavam acesas e eu
estava humanamente sozinho lá em baixo, logo sai do meu esconderijo e comecei a
andar por todo o porão do navio, para explorar o local e para ver se encontrava água e comida, mas lá em baixo no
porão não tinha torneira de água doce e nem comida, já que lá em baixo só vão
cargas. O capitão do navio e os marinheiros vão todos na parte de cima do navio, acima do porão, já que, o
porão do navio e todas as cargas vão dentro do mar, isto é, ficam abaixo do
nível da água do mar. Após feito busca dentro de todo o porão, não encontrei
nenhuma torneira com água e nem garrafa de água potável, a única água que eu
encontrei lá em baixo, no porão do navio, era água salgada do mar, misturada
com ferrugem do casco do navio e misturada também com óleo e graxa. A água
salgada do mar não serve para beber, se você beber, fica com mais sede ainda e
causa a falência dos rins, e a água salgada do mar, misturada com ferrugem do
navio, no meio de óleo e graxa, que tinha no fundo do porão, fica bem pior
ainda, isto é, eu estava lá em baixo, sem uma gota de água potável e já estava
sentindo uma grande sede já no primeiro dia, isto é, na primeira noite. Na
procura que fiz em todo o porão, alem de não encontrar água, também eu não
consegui encontrar nenhuma comida lá em baixo e não tinha comido nada durante
todo o dia, em que eu estava sendo caçado no centro de Belém. Após ter entrado
no porão do navio, na primeira noite, as luzes lá em baixo estavam acesas e com
isso, ficava fácil a minha movimentação lá em baixo do porão e a única carga
viva que existia lá em baixo era eu. No inicio, após a minha entrada dentro do
porão, eu não me preocupei muito com a falta de água e comida, porque o meu
objetivo era se afastar o mais longe possível da cidade de Belém do Pará, onde
estavam os meus inimigos, e quando via que o navio estava navegando em rumo ao
alto mar, pelo Oceano Atlântico, me sentia mais aliviado, pois sabia, que os meus inimigos tinham ficados
todos para trás, mas com o passar das horas, a sede foi aumentando e sabia que,
lá dentro do porão daquele navio não tinha nenhuma água potável, nenhuma água
para matar a minha sede, tinha um pouco de água no fundo do porão do navio, mas
era água salgada do mar, misturada com ferrugem do casco do navio, óleos e
graxa. A água salgada do mar não serve
para beber, dá mais sede ainda e causa a falência dos rins, uma água salgada do
mar, misturada com ferrugem do navio, no meio de óleo e graxa, fica duas vezes
mais pior ainda. Existe um ditado popular, que fala, quando a vida de alguém
melhora, fala que a vida se transformou da água para o vinho, não gosto desse
ditado popular, porque, uma pessoa que está perdida em um deserto, ela só quer
e só pensa em água e não em vinho, no meu caso também, em que estava lá em
baixo, naquele porão de navio, eu só estava pensando em água e não em vinho,
nesse momento, queria que a minha vida se transformasse do vinho para a água,
isso porque, naquele momento para mim, a água era mais importante do que o
vinho e até no dia de hoje, a água sempre foi e é mais importante do que o
vinho, está em primeiro lugar
No dia seguinte, as luzes do porão do navio
foram apagadas de uma hora para a outra, o dia se transformou em noite. O porão
do navio vai em baixo da água do mar, vai abaixo do nível da água do mar e
tampado com grandes tampas de aço, para não molharem as cargas, não entra um
pingo de raio de luz do sol, mesmo com as luzes lá em baixo acesas, eu tinha
perdido a noção do tempo, eu não sabia se era dia ou se era noite. Enquanto as
luzes lá embaixo estavam acesas, isso não era importante para mim. Após as
luzes serem apagadas, veio uma escuridão completamente lá embaixo, uma
escuridão que não se dava de ver um palmo na frente do nariz, o porão ficou
completamente escuro, após apagarem as luzes, não conseguia ver mais nada lá em
baixo no porão, só conseguia andar lá em baixo me segurando nos contêineres ou na
parede do navio. Eu perdi a noção do
tempo e não tinha relógio, não sabia se era dia ou noite lá fora. Sem noção do tempo e com muita escuridão, fui
dormir em cima de um carregamento de tabuas, madeira que estava sendo exportada
para outros países, no momento até que consegui dormir por aproximadamente duas horas,
e quando você esta dormindo, a escuridão não é nenhum problema, porque você
esta com os olhos fechados, mas no momento que você acorda, você esta com os
olhos abertos, mas você não vê nada, você tenta ver as coisas, mas nada
consegue, você fica arregalando os olhos, você fica forçando os olhos, mas nada
consegue ver e com isso te dá dor de cabeça, os teus olhos começam a doerem,
você começa a ficar perturbado mentalmente, era assim que eu estava sentindo,
eu estava enlouquecendo, não sabia e nem sei qual é o fim disto. Enquanto as
luzes estavam acesas, eu não estava preocupado de sair do porão e subir para o
lado de cima do navio, onde vão os marinheiros, porque eu tinha medo dos
marinheiros me jogarem no mar, porque eu tinha invadido o navio deles, é como
você invadir a casa de alguém, o proprietário da casa não vai gostar e era o
que eu tinha acabado de fazer. Sem água e sem comida lá em baixo do porão, eu
sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que sair dali e subir para a parte
superior do navio, mais queria retardar o máximo possível dessa hora e com isso,
quando as luzes lá embaixo estavam acesas, eu não me preocupei de achar a saída
do porão, a saída que levasse para a parte de cima do navio, que, por eu estar
lá embaixo, só poderia ser uma escada, coisa que não me preocupei em achar a
saída enquanto as luzes estavam acesas, mas eu jamais iria imaginar que eles
iriam apagarem as luzes lá de baixo e eu iria ficar em plena escuridão. Quando
eu estava em plena escuridão, tentei dormir mais um pouco, mas eu já tinha
dormido há pouco tempo atrás e com isso, não consegui dormir mais. Se você estiver
acordado, você não consegue ficar por muito tempo com os olhos fechados, porque
os teus olhos começam a doerem e com isso, você abre os olhos, quando você abre
os olhos, você continua a não ver nada, é como se você estivesse com os olhos
fechados ainda, a escuridão é plena e
com isso, não faz nenhuma diferença se você está com os olhos abertos ou se
esta com os olhos fechados. Você com os olhos fechados, você não veja nada,
você abre os teus olhos, você continua a não ver nada, você arregala os teus olhos,
você força os teus olhos para ver alguma coisa, para você ver alguma luz, mas
você não vê nada, você não consegue ver nem um palmo do teu nariz e com isso,
te dá dor de cabeça, te dá dor nos olhos, você fica desesperado, é grande o
pavor que batia em mim. A minha sede era grande, mas naquele momento eu nem
pensava mais em água, eu só queria um pingo de luz para refrescar os meus
olhos, eu trocaria a água pela luz, veja como era grande o meu sofrimento e
desespero por falta de luz, lá em baixo no porão. Se o porão do navio,
juntamente com a sua carga vão embaixo da água do mar, vai abaixo do nível do
mar, eu sabia que, pelas laterais do navio ou pela parte da frente ou pela de
trás, eu jamais iria encontrar um raio ou um foco de luz, mas eu sabia que,
somente olhando para cima, para o teto do porão do navio, eu poderia encontrar
alguma luz, e era o que fazia, eu andava me segurando na parede do navio ou nos
contêineres de carga, já que estava muito fraco, andava por vários laçais do navio
em que eu nem conhecia direito, com a cabeça erguida para o alto em busca de
alguma luz, eu estava ficando perturbado mentalmente e me enlouquecendo, sabia
que não iria agüentar por muito tempo naquela situação, sentia dor de cabeça e dor nos olhos, porque ficava
forçando os olhos aberto, para mim ver alguma coisa e não conseguia e com isso, comecei a sentir uma grande dor no pescoço,
por causa de ficar andando de cabeça erguida a procura de alguma luz. A minha
sede era grande, que aminha língua secou completamente, a minha língua ficou
como uma lixa seca, ela ficou completamente seca, mas nesse momento eu não
estava preocupado com a água, mas sim, com a luz, sabia que tinha que achar a
saída daquele porão e subir para a parte de cima do navio, mas no momento, eu
não me preocupava em achar a saída, eu estava só preocupado de achar algum foco
de luz, para os meus olhos, eu sabia que, quanto mais tempo passava, mais difícil
ficaria a minha situação. Após muita procura, eu consegui encontrar no teto do
porão do navio, um pequeno furo, um pequeno buraco do tamanho de um palito de
fósforo, era um mini-buraco na tampa do porão do navio, já que, o porão do
navio é tampado por grandes tampas de aço e ficam cargas em cima desta tampa, o
que dificilmente você iria encontrar alguma luz, mas graças à Deus, após muita
procura, eu estava ficando perturbado mentalmente, com dor de cabeça, dor nos
olhos e dor no pescoço, após muita procura, eu consegui encontrar esse pequeno
buraco do tamanho de um palito de fósforo que entrava um pequeno raio de luz,
um foco de luz, como se fosse um raio lazer (leizer), mas a luz, não se
espalhava, porque era uma luz muita pequena, quando eu vi esse pequeno raio de
luz, o meu coração se alegrou muito, eu fiquei parado, olhando para aquela
pequena luz, era como um colírio para a minha vista, era um refresco para os
meus olhos, eu ficava de pé, olhando para aquela pequena luz e com isso, o meu
pescoço que já estava doendo, continuou doendo mais ainda, porque, eu só ficava
de cabeça erguida, mas logo em seguida, me deitei no chão do navio e com isso, ficava
com os olhos fixo naquela pequena luz, o meu coração e os meus olhos se alegraram
muito, dou graças ao bom Deus, por Ele ter me dado aquela pequena luz, do
contrario, eu teria me enlouquecido lá em baixo do porão do navio ou teria
ficado perturbado mentalmente. No fundo do casco do navio, tinha uma pequena
quantidade de água do mar, que era água salgada do mar misturada com óleo e graxa. Tirei a roupa lá em
baixo e fiquei somente de cueca, já que lá embaixo, fazia muito calor, era
muito abafado e eu ficava deitado dentro daquela água, olhando para aquela
pequena luz, que eu tinha encontrado no teto do porão do navio, agradeço muito
à Deus, por Ele ter me dado aquele pequeno foco de luz para mim. O plano de eu
ter encontrado uma luz, eu já tinha realizado, então, comecei a tentar
encontrar a saída do porão, que só poderia ser uma escada, que me levaria para
o lado de fora, para a parte de cima do navio, sai a procura de uma escada que levaria para
fora do porão, mas estava em plena escuridão e com isso, logo tinha que voltar
correndo para o foco de luz, para dar uma aliviada em meus olhos, eu tinha medo
de sair para longe, porque o navio era muito grande e eu tinha medo de perder o
meu pequeno foco de luz. Após muita procura, só apalpando com as mãos, consegui
encontrar uma pequena escada que levava para a parte de cima do navio, fiquei
muito feliz por ter encontrado a escada, mas lá no fundo, tinha medo de sair do porão e se manifestar
aos marinheiros e ser jogado dentro do mar, já que o navio estava navegando em
pleno mar aberto. Eu estava muito fraco, com fome e muita sede, após ter encontrado
aquela pequena escada em plena escuridão, comecei a subir por ela, a escada
tinha aproximadamente uns vinte e cinco metros de altura. Eu foi subindo aquela
escada muito devagar, porque eu estava fraco e com o balanço do navio, por causa das ondas que batia nele, a situação ficava
bem pior ainda, sabia que, se eu caísse lá de cima da escada, poderia me
machucar muito. Continuei subindo a escada, após chegar no teto do navio, tinha
uma grande tampa redonda de aço, como uma tampa de aço de bueiro, estava tudo
em plena escuridão que não se via um palmo à frente do nariz. Após subir toda a
escada e chegar perto da tampa, não podia usar as duas mãos para abrir a tampa,
uma mão eu tinha que ficar segurando na escada, para eu não cair lá em baixo e
com a outra mão tentei empurrar a tampa para cima, para ver se ela abrisse,
coloquei toda a minha força em minha mão e a tampa não se mexeu nenhum pouco. Com
uma das mãos, e com isso, comecei a passar a mão ao redor da tampa e encontrei
uma trava, uma tranca que estava travada, eu destravei essa trava e com isso,
tentei novamente erguer a tampa, fiz muita força, mas a tampa não se mexeu
nenhum pouco, pensei comigo mesmo, que a tampa, por ser de aço, seria muita
pesada e subi mais um degrau da escada, encostei o ombro na tampa e tentei
levantá-la com o ombro, fiz muita força, mas a tampa não se mexeu nenhum pouco,
eu pensei comigo mesmo, que a tampa de aço era muita pesada e que uma pessoa
sozinha não conseguiria levantá-la, pois eu já tinha destravado uma tranca que
mantinha a tampa fechada e não tinha conseguido nem mexer aquela tampa de aço, foi grande a minha frustração, a escuridão era
completamente, foi grande a minha frustração por não ter conseguido abrir
aquela tampa da saída do porão e com isso, voltei rapidamente para o meu
pequeno foco de luz, lá em baixo no porão do navio, me deitei na água novamente
e continuei olhando para o foco de luz, que era um colírio para os meus olhos.
Eu estava deitado dentro daquela água salgada do mar, que tinha no fundo do
casco do navio, era até uma forma de eu me refrescar, a sede era muita grande,
pois eu já estava no terceiro dia, sem comer nada e sem beber uma gota de água
também. A minha língua se secou completamente, a minha língua ficou áspera como
uma lixa seca, a sede era muito grande e com isso, eu peguei um pouco daquela
água salgada do mar que estava no fundo do casco do navio, água salgada e
misturada com ferrugem, óleo e graxa e bebi aproximadamente uma colher, mas logo
em seguida, passei a me sentir muito mal, fiquei tonto, o mundo começou a rodar
para mim, com o balanço do navio, as coisas ficaram deitado no chão, piores
ainda, eu não agüentava mais ficar em pé, perto de mim tinha madeira que estava
sendo exportada para outros países, me deitei em cima desta madeira, me
sentindo muito mal, era uma grande congestão que estava dando em mim, eu não
sabia o que fazer mais, estava em plena
escuridão, ao lado de mim tinha um pedaço de madeira, eu passando uma das mãos
nesse pedaço de madeira, eu tirei um
pequeno pedaço dessa madeira do tamanho de um palito de fósforo, eu coloquei
esse pequeno pedaço de madeira na boca e comecei a mastigá-lo, como se eu fosse
comer ele, já que a fome era grande, mas logo após eu mastigar aquele pequeno
pedaço de madeira, ela era muita amarga em minha boca, e eu, que estava me
sentindo muito mal pela congestão que estava me dando, após mastigar aquele
pequeno pedaço de madeira amarga, eu vomitei tudo, eu vomitei aquela pouca água
salgada do mar, misturada com óleo e ferrugem que eu acabava de beber e com
isso, eu comecei a me sentir bem melhor, hoje eu entendo claramente que, aquele
pequeno pedaço de madeira amarga, que eu coloquei na boca e mastiguei, foi um
remédio que Deus me deu, do contrario, eu teria morrido ali mesmo, pela grande
congestão que eu tinha acabado de ter. Após eu vomitar e me sentir bem melhor,
voltei correndo para o meu pequeno foco de luz. A fome era grande que, eu
peguei o meu tênis e tentei comer o couro do tênis, mas logo vi que era duro
demais e foi tratado com produtos químicos e com isso, desisti de comer o couro
do meu tênis.
Eu
continuava deitado no fundo do porão do navio, com fome e muita sede, eu já
estava no terceiro dia, sem beber uma gota de água, eu sabia que não conseguiria
sair pela escada que tinha encontrado e com isso, ficava olhando para a pequena
luz, mas logo me levantava e ia procurar uma outra escada ou uma outra forma de
mim sair do porão do navio, que estava em plena escuridão, mas não encontrava
mais nada, pensei comigo mesmo, que, ali
seria o meu fim, que os marinheiros iriam encontrarem o meu corpo ali no porão
do navio, já que, eu sabia que, um navio cargueiro leva aproximadamente vinte dias
para cruzar o Oceano e chegar a outro país e eu, jamais iria agüentar ficar
todo esse tempo, sem beber uma gota de água, eu sabia que, eu poderia ficar por
vinte dias sem comer, mas que, uma pessoa não agüenta ficar por mais de três
dias sem beber água, vem a desidratação do corpo, a falência dos rins e a
morte. Eu já não tinha mais esperança de sair daquele porão do navio com vida.
Gritar e bater na tampa do porão de nada adiantava, já que existia o barulho
das ondas do mar batendo no casco do navio e também existia o barulho dos motores.
Eu batia com um pedaço de pau na tampa do porão e gritava, mas de nada
adiantava. Eu continuava deitado lá no fundo do porão do navio, olhando para
aquele pequeno foco de luz, eu já tinha até escolhido a posição em que eu iria
morrer, deitado ali no chão, olhando para aquela pequena luz. Aquele que, no
inicio tentava se esconder dos marinheiros e do capitão do navio, agora queria
se manifestar e não conseguia, queria sair daquele porão mas... CONTINUA NA PARTE 3
E-mail: bentomaringa@bol.com.br - Bento Bevilacqua
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